Forte de Miranda

Um pouco de História.
O forte remonta a um Presídio (colônia militar) fundado em 1797 pelo governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Caetano Pinto de Miranda Montenegro (17??-1804), povoado com indígenas de várias etnias, principalmente Terena. Para a sua defesa, foi erguido um reduto de planta poligonal quadrangular, com um redente ao centro de cada face. O seu plano mostra os edifícios de serviço distribuídos no interior terrapleno, ao abrigo das muralhas, erguidas com estacas de madeira e terra apiloada, com um fosso defendendo o perímetro externo. Este Presídio estava sob o comando do Tenente de Dragões Francisco Rodrigues do Prado, quando por determinação de Ricardo Franco de Almeida Serra, as suas forças contra-atacam o Fortim de San José de Apa (1801), assegurando em definitivo para Portugal a fronteira sul do Mato Grosso.

Neste Presídio funcionou, de fevereiro de 1799 a fevereiro de 1801 pelo menos, um Armazém Real (Armazém Real do Presídio de Miranda), um depósito de armas, munições, fardamentos, ferramentas, alimentos, equipamentos náuticos e tudo o mais necessário ao uso das forças militares da Coroa Portuguesa ou mesmo das suas repartições civis.

SOUZA (1895), menciona que a exploração do major Luiz d'Allincourt em 1826 encontrou essa fortificação aberta e arruinada.

De acordo com TAUNAY, existiu neste povoado "...sito a 210 quilômetros a NO de Nioac (...) sobre o local de velha fortificação, outrora bem construído quartel, então muito deteriorado pelo fogo (...), incendiado, como a vila, pelas forças invasoras paraguaias no contexto da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).

Não confundir o Presídio oitocentista que originou a vila de Miranda com a Colônia Militar de Miranda, erguida pelo Império também na região, à época da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) também envolvida no episódio da Retirada da Laguna, mas localizada 80 quilômetros SSO de Nioac.
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